O aparelho celular é uma das ferramentas mais importantes atualmente; afinal, por meio dele, é possível conversar com as pessoas, trocar informações profissionais, movimentar a conta bancária, fazer fotos de eventos importantes, agendar compromissos, jogar, entre outras atividades.

 

Porém, o uso exagerado do celular está causando sérios desafios, inclusive à saúde, uma vez que prejudica a visão e causa problemas na coluna devido à postura em que a pessoa fica ao manejar o aparelho.

 

Destaco que os problemas à saúde física são sinais de alerta, mas os emocionais são mais preocupantes ainda. O celular se transformou em um vício perigoso. Muitas pessoas perdem horas nas redes sociais e, com isso, estão se privando de leituras edificantes, atrapalhando a concentração, piorando a qualidade do serviço no ambiente de trabalho e o mais grave: tornando-se antissocial.

 

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Coreia, em Seul, na Coreia do Sul, mostrou que adolescentes viciados nessas tecnologias têm maior chance de sofrer com problemas, como depressão, ansiedade, insônia e impulsividade. Além disso, exames de ressonância magnética revelaram que a dependência provoca alterações no equilíbrio químico do cérebro. No Brasil, o resultado, com certeza, é o mesmo tanto em adolescentes quanto em adultos.

 

Nos últimos anos, foram tratados muitos casos, no nosso espaço, de problemas no ambiente profissional causados pelo uso incorreto do celular. Em outras situações, a pessoa perdeu oportunidades acadêmicas por trocar as preciosas horas de estudo por visualizações nas redes sociais. Há, ainda, aqueles que entram em estado de tristeza por se compararem à realidade pouco convincente da vida de rede social. E, por último, e mais importante, muitos relacionamentos acabaram pela falta de atenção de um dos parceiros, que insiste em ter como companhia o celular. Isso, infelizmente, está acontecendo no ambiente familiar e a dois. A pessoa fica grudada ao celular em almoço de família, ou ao jantar com a(o) companheira(o), causando desgastes desnecessários.

 

É possível mudar essa realidade? Sim. Use o celular com cautela. Coloque como disciplina “dar uma olhada” nas redes sociais e nos jornais em horários específicos, de modo que sua agenda não seja afetada,e seus relacionamentos pautados na atenção e no cuidado com o outro.

 

Faça uma agenda com as prioridades e trate o celular como um aparelho de comunicação. Sim, talvez alguém ainda não tenha lhe contado, mas o celular não substitui seu trabalho, nunca será seu(sua) companheiro(a), nem interage com o seu avô, que conta histórias e casos para as paredes, enquanto você fica grudado à tela.

 

Dê um tempo para viver a sua vida, intensamente. Invista em você, na sua saúde, nos seus estudos e/ou trabalho, na prática de atividade física, na meditação antes de dormir, para entrar no sono em harmonia. Invista nos seus relacionamentos, em olhar nos olhos, ouvir as pessoas.

 

Acorde para a vida, pois amanhã pode ser muito tarde para valorizar o que já perdeu.

 

Pense nisso.

Foto: Pixabay

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