Todos os dias, milhares de informações sobre a covid-19 são lançadas na internet, mas nem todas são verdadeiras. Por isso, é preciso conhecer os mitos e as verdades sobre o novo coronavírus. Para ajudá-lo, preparamos este post para você! Acompanhe!

1. VERDADE: HÁ OUTROS TIPOS DE CORONAVÍRUS
Nos últimos 20 anos, tipos distintos de coronavírus já causaram epidemias pelo mundo. Em 2003, o sul da China foi afetado por outro vírus que causa a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o SARS-CoV. Esse vírus é um “parente próximo” — quase irmão — do novo coronavírus. Naquela época, ele se espalhou rapidamente para outros países e causou muitas mortes em poucos meses, chegando a uma fatalidade de até 50% nos idosos. Isso significa que, a cada 100 idosos com a doença, 50 deles morriam. Felizmente, não se tornou uma pandemia!

Em 2012, outro tipo de coronavírus causou a síndrome respiratória do Oriente Médio — que foi chamada de MERS. O MERS-CoV possivelmente passou para nós pelos dromedários (um animal semelhante ao camelo) e também deve ter tido contato com morcegos. Ele era bem agressivo e matava 35 pessoas a cada 100 infectados. Felizmente, essa pandemia também não se alastrou devido ao trabalho de controle feito pela Organização Mundial de Saúde.

2. VERDADE: OUTROS CORONAVÍRUS INFECTAM OS ANIMAIS
Existem, também, outros tipos de coronavírus que causam doenças na gente e em outros animais:

  • o HCoV-OC43 é um dos vírus que causa o resfriado comum, esse que quase todo mundo pega todo ano;
  • o FCoV é um coronavírus que infecta os gatos domésticos há muitos anos. Não se preocupe: ele não passa para os humanos, mas pode causar uma doença grave nos felinos. Felizmente, já tem uma vacina contra ele. Tome cuidado: é mito que essa vacina funciona para covid-19;
  • um outro coronavírus, o baleia-beluga-coronavírus SW1, foi responsável pela morte de várias baleias. Curiosamente, ele não ataca o pulmão, mas o fígado.

3. VERDADE: O CORONAVÍRUS PODE TER VINDO DOS MORCEGOS
No caso do SARS-CoV-2, que causa a covid-19, seu material genético é muito parecido com aquele presente em outro tipo de coronavírus, que é encontrado em morcegos. Essa análise é feita por meio de técnicas de análise genética. Dessa forma, é possível comparar o material genético de diferentes espécies e encontrar semelhanças ou diferenças, como se fosse um jogo dos sete erros. Esse achado sugere para os cientistas que existe uma relação entre esse vírus da natureza e o vírus que está causando a pandemia hoje.

4. MITO: O CORONAVÍRUS FOI FABRICADO EM LABORATÓRIO
O “salto” de um vírus que existe em animais para os seres humanos não é novidade. Na verdade, é assim que surge grande parte das doenças por vírus, como na pandemia de 2009 da gripe suína e nas epidemias passadas de outros coronavírus, causando o SARS e o MERS. Como explicamos, é assim que surgem as zoonoses.

Por esses motivos, é consenso na ciência de que o novo coronavírus surgiu sem intervenção humana, de forma natural. As pesquisas para determinar seu caminho de animal a animal até chegar a nós continuam em atividade ao redor do mundo e podem ajudar a responder as dúvidas que ainda existem.

No entanto, a culpa não é dos bichos, mas dos homens que os retiram do seu ambiente natural.

5. MITO: O CORONAVÍRUS É UMA INVENÇÃO PARA PREJUDICAR A ECONOMIA
Tem pessoas que não acreditam que o coronavírus existe e falam que ele é uma invenção da mídia. No entanto, há pessoas enfrentando a doença em hospitais de todo o mundo, especialmente os idosos. Felizmente, a maioria das pessoas se recupera!

6. VERDADE: A PREVENÇÃO FUNCIONA
Outra boa notícia! As medidas preventivas, como uso de máscara, lavagem frequente de mãos, isolamento dos casos suspeitos, distanciamento social, funcionam! Se você seguir todas as recomendações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, poderá reduzir as chances de que a doença acometa você e/ou seus familiares.

Fonte: Esse texto foi desenvolvido pela parceria da SES-MG com o projeto Adote sua Vizinhança em Tempos de covid-19 da Universidade Federal de Minas Gerais
Autores: Marcela Tozzi, Ingrid Lourenço, Vitor Toledo, Mariana Alcantara Nascimento, João Rafael Assis Alderete, Ricardo Carvalho e Mateus Nardelli
Supervisão técnica: Juliana Wilke Saliba, prestadora de serviços na SES-MG pela parceria com a OPAS

 

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